quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

É...não sei.

Tenho meus próprios diálogos, por vezes internos, acalenta.
A cadeira flutuando no universo preenchido apenas com pequenas linhas de pensamento. Alcanço tudo.
O que é tudo? Lápis e papel, tudo é o que consigo escrever, o que ali não está gravado torna-se o nada, o nada que se perde entre os fios de lucidez e consciência que permeiam meu ser lúdico...


Embalada ao som de Sóley http://www.youtube.com/watch?v=xqH-q-u-zZQ

Cinza.

E o que eu espero da minha vida? Correr o mundo.Totalmente desprendida de tudo, minha natureza.
Não espero muita coisa de nada, nem de ninguém, o que é meu são apenas os meus desejos e o que eu faço com eles? deixo ser...
Profundidade, me define.Buscar ao longe aquilo que é maior, maior do que se passa aos meus olhos. Vejo com as mãos, com a pele, tocar, trocar, fluir.
O som que o silêncio me traz é o bastante pra elevar, conectar o coração à mente, confundir e traduzir sensações...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Agora.

Aprendi que todas essas relações são simples, demais até, o que as vezes acaba complicando tudo.
Beija a boca dele, a deseja e a tem, não mais que de repente aquele outro lá aparece como quem diz " estou aqui também..."
Há o desejo, mas ponderar nunca é o bastante. A carne. O sexo. Pronto. Mentira, tudo se confunde e vira um apanhado de sentimentos sem aparente serventia, e agora?
E agora nada. Se segue assim.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O muito.

Na sacada, enquanto o vento sopra e impregna a cortina com a fumaça do cigarro.
Dia nublado, anoitecendo, e eu lá de cima, num desses hotéis londrinos baratos, e por mais estranho que fosse, não estava perdida nos meus pensamentos tristes, desesperados. Leve, relaxada. Um pub bem pertinho, com alguns jovens bebendo em frente.
A noite anterior tinha sido a melhor de todas, Warpaint como trilha sonora, o vento sacudindo a cortina florida muito antiga, capuccino sobre a mesa e nós na cama, curtindo, olhando pro céu, apesar de todos aqueles prédios, se o mundo acabasse morreria feliz...
Quando acordei você não estava lá, apenas o bilhete dentro de uma carteira com um cigarro apenas, que dizia:" Te pertenci, mas a brisa me levou, quem sabe numa dessas curvas nos encontraremos outra vez...acho que te amo." O que mais caberia a mim?
Por a calça, colocar as botas, tomar um chá com leite, pegar as malas e sair por ai, em busca de uma brisa que faça curva em qualquer outra esquina.

Infinito Particular.

Fascinante sorriso inocente. Não esconda o seu.

Me deixo levar pelo que é singelo, confortante como se me carregasse nos braços.
Opostamente complementar.
Os planos eram outros, mas uma surpresa é sempre a surpresa, transforma e agrada.
Meus olhos vão sempre longe, enxergando a beleza pura existente no outro, na coisa, no obsoleto.
Então tudo muda. Sinta o que há aqui, veja através do meu olhar, saboreie através da minha boca e toque com minhas mãos.
O preço que se paga às vezes é alto demais, um pedaço que se vai, além, além...de mim.
Nessa e noutra vida, a que foi e a que virá, a imagem se congela no tempo, tempo que ainda não chegou a nós...
Estico a mão e toco o céu, neste universo que me pertence, meu infinito particular.
Flutuando em noites com sol, indo de encontro ao desconhecido, embora sem medo, como se em algum momento dessa viagem cósmica eu tivesse a certeza da felicidade...
Os sonhos expressam os desejos mais profundos, sussurra nos meus ouvidos teu nome e refletem a imagem no espelho. Segurança, é isso. Me pergunte onde se escondeu o medo e a desconfiança, e foi então que eu percebi que são questionamentos tolos, por que tantas dúvidas?
Sentir é o bastante pra mim.