sábado, 15 de dezembro de 2012




Da flor pela flor.
Recebida pelo cheiro mais doce
e carregado da saudade.
é vida, vida!
Verde,
Azul
Amarelo
Plenitude infinita pelo completo
de cada um.
Dos suores, beijos, mordidas, apertões
que por tantas amassou os corações...
Cessada dor pela oração, feita em prece
pra que se apresse o astronautismo.
Que se sujem as mãos de terra lunática
a terra da Lua onde plantadas foram,
sementes que hão de frutiferar
Sem ferir.
Só pra ir.



Retorno aos 7, véspera.

E o que seria sem os possessivos?
Sem os meus, os teus, nossos.
Dispensáveis por vontade
mas essenciais por existência.
Os quereres dos teus insubstituíveis
Nada a ter, daquele porquanto,
meu.
Vazio.
Como então exaltaria os belos
do corpo em que me afogo?
Reverência à saudade que
consome dias, deixando ao vácuo
o prazer da referência a ti?
Sentido, privaria-se.
Crime deixá-los à toa,
a beira da vontade.
Terei-te portanto por obrigação gramatical,
pouco importa...
Possuo-o. Volição.

domingo, 18 de novembro de 2012

Ora é bom viver de aforismos, de fôlegos curtos e emoções imensas.
Propícia, assim digamos.
Concatenação de sentimentos puros e espontâneos. Desapegar-se.
Abraçando o exato instante do existir, sorrindo entre naturais
energias do essencial de vontade...
Deixa exercer breve ou demoradamente, sem ponderar os desejos (se por assim
chamarmos), ou necessidades.
Respeitar o teu animal, que não mais anseia pela liberdade
limitada.

És que és, por estar-se, enquanto. Depois, serás outrem..

domingo, 4 de novembro de 2012

Lendo-nós.

Metamorfose.
Gostar do calor.
Aprecio.
Deitar-se, pelo prazer
de estar-se comigo,
sem nós,
como dois, doados
a si.
O ir voltando.
Conscientes do inconstante
Acontecimentos ditados
pelo não fazer,
Querendo.
Somos, sem estar.
O lugar, ali
Conheço o caminho da cozinha
Sabe como saboreio
o café.
O mais,
é próprio de si.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Quinta-feira.

Percebi a pequenitude observando a imensidão que cabe no movimento do olhar,
é cheio.
É existir, é estar, pela simples razão de por assim ter de ser.
Enfiar o braço pela cadeira pra aquecer a companhia,
sem precisar embora, querendo o toque.
O composto.
Com, eu e mais. Posto que estando ali, completa.
Parede, chão, mão. Composto do eu mais objeto.
Suavidade entregue pela expectativa do não esperado.
Deixar que, e basta.


Escritas no escuro, falta luz.
Ouvir a própria voz, deixe-me cantar.
Ninando meu sono, calmo, calmo, claro
feito do resto de xícara de chá.
Dormir não é deitar.
Dormir é segurar a noite no colo,
e não deixar ela cair.


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Girassol Gira Sol.

O dia nascerá não mais por obrigação.
Pelo prazer de sorrir e levantar as manhãs
Assim é que tem de ser, virtuoso e leve
Leve como as folhas que se carregadas são
pela correnteza.
Do rio navegante de mim
Nascente do liquido escorrente
do coração suado.
Conversar com árvores e
beijar beija-flores
Que se permitem, insistem
pela maciez dos lábios
desconstruídos pela riqueza
do dom de metamorfosear..
Borboletar as pedras do caminho
Deixar que batam sua asas
tecidas por cordas de apego e liberdade
Enquanto dedos deslizam
em face recém desdolorida
Contar e Correr.
Que nem caracol.



segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Opaca.

Seca como uma folha no pátio. Opaca.
Pouca coisa se acentua no decorrer do mau-dia.
O vento acorda soprando ao e para o contrário, descafé, desmanhã.
Arrancada do âmago, seu próprio, o sofrer pelo sofrer alheio.
Ausência pela culpa, que da sua boca desculpa. Mas a quem ela possui?
Afago procurado no espaço vazio que me presenteou a quinta-feira, carente de contente.
Nada. Mais.Nada, aguando a saliva, nadando.


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

As importantes são que que desejo abraçar no meio do dia, por ter lembrado de uma briga que tivemos ou um copo de suco tomados na cozinha de casa. Que lembro do cheio do perfume que tinha no banheiro da sua casa em um dia qualquer, detalhes.
"Vá a merda", e após ouvir isso ter o coração apertado com vontade de dizer" te amo".Não precisa marcar hora nem lugar, muito menos publicar fotos na internet pra dizer o quanto são fundamentais. São da natureza, a própria.
Pense em sacrificar o que te vale, e se não houver dor nem arrependimento em pensar em doar, é amor, é real. No mais, não force, pois não há força suficiente.
Noites perdidas, por copos de alguma bebida ou preocupação, mas totalmente validas a pena. O resto, são coisas do caminho.
Amor, ventre, alma.

Ondas.

Escritos que ficam apenas no caderno. Sangrentos e valiosos demais pra serem expostos fora de minha alma. Vim pra dizer que ainda lembro de tudo, e registrar a saudade. O tudo é relativo.
Algumas coisas são mais do que preenchidas de saudade, outras não, e também não deveriam.
Os clichês, que apesar de serem assim, só são. Cheiro, data, pele, musica, cigarro, vista da janela, noite, chão.
A vida segue, e precisa seguir para que tais coisas virem boas lembranças.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Feito moço.

Sambinha de alma e não de boca.
Na boca só o mel que escorre dos lábios teus, que cura minha doença,
aquela que deixa minh'alma amolecida...
Um negocio feito um tal de carinho, daqueles bem grandes que aperta o pulmão e arranca o ar!
De revigorar e trazer vida.
Sem explicação seu moço. Só sei dizer que afaga tão bem quanto o barulho da agulha no vinil,
esquenta em dia de frio, e também de sol, e mau não se faz...
E precisa dar nome? que nada !
Um sobe e desce de maõs agoniadas e ansiosas pelo toque, pelo aperto que fala mais do que o silêncio
dos pássaros quando abrem a manhã..
é como se jogar pra cima das núvens, saltando do verde e mergulhando na fumaça que exala do teu cheiro,
mais gostoso e quente do que o proprio sol que me alimenta as flores nascidas no canto esquerdo
do meu peito...
Chorar o choro da água que cai do olho.
Do olho lavar a água que me mata a sede, colorindo o fim de tarde.
Abobocada mais que abóbora, entrelaçada além do laço que me liberta a você,
e para além de tantas e tantas coisas que te tenho e me doou...
Um estrela cadente caiu dos meus olhos e pulou no seu coração !

Baú.

Palavras invadem a mente através de buraquinhos na sua cabeça.
E lá dentro elas fazem revolução, ou re-evolução..
Empurradas pra dentro dum baú, ou externalizada através de lágrimas,
Decida pois, que destino dará a elas.
Por vezes elas mesmas escolhem qual caminho seguir, optando pelo não esquecimento na caixa velha de madeira...
E sim pela emoção de enxergar o mundo através de olhos que chovem.

Um Seco.

No amarelo seco de uma noite solitária
Há 5 mil horas de estrelas foi quando acariciei tua barba
recém neascida...
Laços e lençóis que se entrelaçam e nos compõem,
criam músicas que nos cantam por cantos que só nós passamos
e dirvirginamos.
Me entupa de calor, se faz vital seus poros em minha pele, o gosto do teu cheiro que me derrete
a boca, ah ...
O tempo é nada mais que um detalhe sem importância !
É preciso ouvir o silêncio das palavras, enxergar com os olhos fechados e coração aberto,
entregue às inconstâncias e risos espontâneos
Nossas amigas aliadas, guerreiras, portas e paredes sorriem de sorriso preso, talvez honradas
por guardarem tão profundamente segredos e confissões, caricias...
Despida de pressa. Vestida com azul, ou será verde?
Nua. À sua espera.
A roupa que me veste é o sorriso dos teus lábios.





terça-feira, 12 de junho de 2012

Nua cheia.

Me dói, me doou, me flores
Me cheiro, me unhas.
Me pele, me gosto, o gosto.
Arranhas, estrela. Aranhas, céu.
Me faço boca, crua, seca
Saliva que me cai de um céu, de vermelho seu.
Chão meu de raízes fortes feito é
Forte verde na água tua..
Me nua cheia, na lua..




quarta-feira, 23 de maio de 2012

De terra, dança

Tamanha sufoação por ausência de palavras. Desespero.
Feita sou talvez, de pedaços soltos de poesias, poesias que minh'alma reconhece e arremessa no vasto mundo em movimentos cheios de amor e profundidade...
O corpo escuta os gritos que os ventos capturam por ai. Bocas que cospem seus desejos no rosto do mundo, na carne alheia em busca de alguma intensidade. Pois assim me faço, caçadora de emoções.
De todo calor, de todo ardor, por todo amor que me escorre no suor ! me deixo calo nos pés, braços flutuantes e coração preso na lua... olhos que se fecham para ver luz e beleza na escuridão...
Criando raizes por chãos que dançam em mim...meu tempo é a música cantada pelos pássaros, pelo silêncio do toque, sabores que me levam além, além de mim...


 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ora, oras...

E deu vontade de ser retratista.
Retratadora de árvore, de gente, de carro, de coisa de rua.
Registradora de senseções humanas que consomem o dia-a-dia.
"Ei, olhe por onde anda", "seu filho da puta, presta atenção!", "não amor, saí do mercado..."
Fotografadora daquilo que se pega no ar, dos sacos cheios equilibrados em cabeças fumaçantes,
Imaginadora de pensamentos revelados no suor, em cores e sabores das faces cheias de caretas
Vrum !
Passatempo, doce ou amargo, amargando com o passar de horas de incessantes enraivações,
Olha pra cima, tens o sol,
Cheira a beleza de nuvens, elas passam... passam como as horas que por um causo, não haveríam de
passar...

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Preto só

Dúvida.
Reflexões vazias de tempo incerto..
Achações de coisas sem sentido, assim, quase.
Sentido que se faz presente na ausência
Percepções dos arrepios, de calafrios
antes não provados...
Infelizes inevitações,
de tempo que talvez tivesse sido,
de tempo que talvez seria, só,
indesejado.
Dúvida do porque de tantas,
Do embaraçamento inútil
Da des-saudade
Do desejo sentido-que-quase...

domingo, 6 de maio de 2012

A mim, insatisfeito.

Privações, insatisfações que consomem a natureza de um ser que teme em admitir que está imerso em medos e frieza alheia...
Demonstrações escondidas e privadas de um carinho que existe no profundo e imaginativo mundo, universo de um só.
Infinitos questionamentos acerca da essência humana, de boboquices, de maldades que prendem, que limitam e fim, sem saber de onde e porque vieram...e principalmente, até onde chegarão.

sábado, 5 de maio de 2012

De lua..

Seria legal ouvir a música enquanto faz a leitura... http://www.youtube.com/watch?v=QXwPUYU8rTI



Acordando com o chamado da Lua.
A brisa da manhã criou uma nuvem de sensações futuras, despertadas por saber que a Lua me queria naquela noite. O sol intimidou-se, sem saber se era desejado ou não no dia em que todos festejavam a noite, mas, com tudo isso mostrou sua beleza, de leve...

E o dia se fez assim, na espera, numa talvez expectativa de desfrutar de coisas inesperadas, embora imaginadas. No ar, pairando sobre nossas cabeças confusas, a necessidade de dividir os pensamentos de futuro, angústias e aflições de momentos passados e presentes, coisas que só o brilho vindo do céu enluarado é capaz de trazer.

Pois bem... foram apenas falhas expectativas. Tarefa pertencente a nossa imaginação e desejos mais profundos, culpamos a Lua e a usamos como desculpa, tentativa de aproximação, entedimento e possivel proteção em relação a nós mesmos...a busca por afago, por toque alheios, toques de alma, de coração...


O pensa.

Um lé com cré
Vai e volta de um bocado de coisa
que sacode a mente.
Pensa aqui e já está longe
Pulando por cima do outro
Um mar de cabeça já afogada
que chega a sentir mal
de tão bom...
Estes tais pensamentos gritam
chovem no seco e molham a boca
com desejo de quero mais.
Poder pintar o céu de arco-íris fosco
único por si só...
Sobe de cadeira e desce de mesa
Andado pela terra, dormido no copo vazio
quase cheio por amassos de papéis
cheiro de planta e ensopado de letras
cor de carvão...
A paz não me deixam
Torno-me madeira de mala-sem-alsa
escorregadia, puxada pelo chão
com um cordão de amarrar pássaro.
Destino tem não, só cuidado de ir
e lembrar o caminho de volta
De volta para onde eles sempre quiseram
me levar...

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Cheiro de momento.

E o que esperar desta noite? eu nem sei.
Bate a saudade de gente, de cheiro e de coisa. Algumas delas vão e voltam, pena que não ficam, mas é bom assim, senão a saudade deixaria de ser...
Quase que sufoco de vez em vez, as lembranças pouco suficientes pra acalmar o grito no fundo do peito.

Vontade de nada fazer, mas querendo ter o tudo ao alcance não só de vagos pensamentos, mas das mãos, do aconchego da pele quente e de uma xícara de café, se bem que, um vinho chileno seria de bom agrado.

O vento balança o cabelo na janela, olhar bem distante, enxergando dentre as núvens momentos que nem sempre bons, mas fundamentais, com grande poder de fazer crescer, a si mesmo dentro de um coração iludido como aos que desfrutaram de sua presença. Tristeza não, algo que não se define portanto, um balanço que chega devagar, te pega quase fraco.

E que não voltem, que permaneçam na saudade... deixo de ser verde.



domingo, 22 de abril de 2012

A me coisar.

E me terei outra vez
Outra de tantas, por algumas mais
Desencontrada eu comigo mesma
Frio como palco principal
Na esperança de agarrar o vento pra esquentar o bolso.
Noite que não pára, para de mim aproveitar-se
Dó do café, por tantas usurpado tomado dilacerado feito e desfeito
Corpo quente.
Só não me arranque a cabeça, dela me faço fumaça, poeira
Devaneios, quase-ilusões-de-sonhos-mal-sonhados
Embreagada com cheiro de madrugada, e se, uma falta
No não esperamento do algo, de.
Se me faço se, qualquer coisa posso ser
Quem sabe fantasma, voando entre cabeças
Por vezes estrela, alumiar o breu de alguéns.
Especial há, fora do meu eixo talvez
Pensar. Só a colocar o lixo na rua
Passar o tempo como passar a roupa
O vai-quase-parando pra nenhum lugar
Que é o melhor lugar.
No perto quase
Da coisa, das muitas mais pra encher o nada
de um talvez azul

No indo, mas quase não vindo...


quarta-feira, 18 de abril de 2012

De sonho, sóis.

Como um corpo nú de coração
Nenhum-lugar é o melhor lugar
Caminhando no tempo quando, riscando o céu de rosa-quase-azul
Macacando de árvore em árvore
No aguardo de um instante que foi negado em tempo cedo
"Perdera mais aquele dia encantador que, bem usado, poderia, quem sabe?"
De ganho só. Só ilusão de entre perguntas, como um corpo nú
de coração.
Voz vai, voz vem
Um tanto suga o suor frio e as poucas palavras
Terra já conhece o gosto dos pés
Pés que correm a nenhum-lugar, que é o melhor lugar.
Boca canta o que o corpo se nega em dançar
Maldição do descompasso
Nada pior se inventara pra alma dançante.
Só não tenha dó, só não me faça um nó, só não se faça de bocó,
só não se for só.

Terra me cai de joelhos
Parece que de prece e pressa me arranco o sol
Puxando o fio da noite pra raiar o dia
Mas então São Rafael, não me traga um dia
de sonhos que se sonharão
sóis, só.

Suspiro 1. A visão
Suspiro 2. O coração
Suspiro 3. O tremer das mãos.

Carmo 1. O beijo do olá
Carmo 2. O beijo da saudade
Carmo 3. O beijo do eu te amo
Carmo 4. O beijo do não se vá nunca mais
Carmo 5. O beijo do case-se e tenha filhos comigo
Pausa.
Pés correm a nenhum-lugar que é o melhor lugar
O sol adormeceu, então o brilho escuro
Pássaros não cantam
À espera do amanhã, de tempo quando
Ele voltará
Puxando o fio da noite pra raiar o dia
...

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Pula-pula do amor

Puxa de cá de lá de cá
No vai-vem da loucura
Loucura mais certa
Inventada por mentes-tortas-pra-cima
De lembidas e lambidas lavam a mansidão do meio-dia
Aperta não que dói, dói de um bocado gostoso...

terça-feira, 3 de abril de 2012

Pq.

Infindas horas de algum agoniante sufoco. Questionamentos quase que ilógicos, embora, legítimos.
O por que da falta de porquês. Melhor, por que me pergunto sobre os tais?
Ponto final, mas de continuação.

D-cá.

Me faço som, no mudo. Na caladez do silêncio me tomo música.
Na maldição do seu silêncio.

Pá-ra. Ben-s.

Era para a alegria, de alegria. Companhia, ao contrário.
Ra-tim-bum? Não, o toque das pessoas estranhas.
A coisa determinante, aquela que dá suposta felicidade à quantidade de dias da sua existência na Terra, não apareceu pra mim.
Segunda-feira com cor de marrom-menos, nem, nenhuma gotinha gotícula de chuva fria e confortante molhou a janela de casa. E que bobagem essa (?). A existência de outra coisa deveria haver?  Não se faz, nem a idéia, nem o necessário da própria idéia.
Mas o Lula salvou (O Gustavo, o rico de mestres), fez sorrir o começo de meio-dia do dia de sol.
E. O que?! Pronto. Meia-hora de horas passarão, vagarosamente, um repetitivo momento que retornará um ano a frente..Começa errado, e terminará mais erradamente, na mente!
Coração dormiu.

terça-feira, 27 de março de 2012

Cartas de Dulcinéia.

Vermelho e azul, mundo, profundo, ângulo obtuso, oriundo do fundo do amor que hoje me é dado. Mas nem sei do que estou falando, e nem é pra saber, só sei o que o meu silêncio diz, o que meus olhos sussurram e o que a minha boca cospe.
Sai dos ouvidos, do nariz, cada pedaço de pele desse corpo embobocado transpira uma coisa que causa um ardor gostoso, a tal da euforia, um siricotico prazeroso que só. E não tem jeito, não inventaram uma palavra pra dizer com a boca o que acontece, e na verdade, que tal coisa não se faça...
Então por que me escrevo em linhas tortas? Mas vixe, nem sei...
Visceral, vital, o céu de lindezas, é tudo isso e mais um tanto.
Saudade que bate e desconcerta, faz o bololô embololar-se ainda mais, pensamento não obedece. Sabor do beijo derramando saliva, e o cheiro...ah, o cheiro! Esse impregnou em tudo quanto é canto.
E o que mais se tem a querer? Só o tempo. Tempo contado em horas de estrelas, palpável como o céu azul, anunciado pelo canto dos pássaros e banhado em café...
Agradecimentos eternos ao austronauta cantador de samba.

Magricela Lero-Lero

E no quadrado de cimento fez-se o tédio.
Gente com cara de fome, apertando-se pra lá e pra cá, croc-croc arrastando as cadeiras.
O olho enxerga  mas a cabeça voa. O magricelo cabeludo no meio da sala não chama tanta atenção quanto o ventilador  velho no  canto do quadrado. Eu, transparente, observando movimentos estáticos. O cochilo, o fulano que coça, coça, coça e coça a cabeça pra tentar manter-se ligado na cadeira ainda mais dura do que a meia hora atrás...
Nada de interessante. Torturante tal estado, o silêncio apenas grita socorro. Blá blá blá eterno...todos a espera do intervalo, o magricela vai fumar...
Só não sei se em grego ou croata, talvez até outro, só não o português.
Já que me falta um parafuso, aproveito da minha "imaginatividade" e fujo do cimento. Pintei as paredes, cada uma de uma cor, azul, branco, verde, rosa, em alguma delas cheguei até a bordar carmos, pra ficarem mais bonitas...
Bailarina com asas nos pés, dançando pelos ares. Façam uma roda, deem as mãos, gritem, cantem, vamos vagabundar por ai, divagando...do que adianta o tal lero-lero? Mas ora! Deixa isso de lado, a cabeça é mundo...
Pois então, fumando um tantinho de pacaia, saboreando cafezinho com leite, ouvindo o Vinicius e lembrando do astronauta fazedor de meu bem, aquele que ilumina minha existência com 777 estrelas...
Apois, levando assim parte da noite, no aguardo do enamoramento...

quinta-feira, 15 de março de 2012

Calos.

Pés que caminham do lado oposto, ao contrário, sem querer.
Nem tão calejados ainda, um tanto dispostos a correr atras da tarde que se segue quente, um quente com cara de frio e cor de burro quando foge.
A mão trêmula escreve nome de carmos por todos os cantos. A mão da morena rosa que amatheus...


terça-feira, 13 de março de 2012

Bufa.

Desabafo, com um bafo bem grande e carregado.
Só um cigarro e uns goles de vinho chileno, apenas o que serviria pra mim agora, apenas.
Essa noite não estou pra blá blá blá de lero lero, não me diga nada não, a resposta será a maldição do silêncio.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Os nossos sonos parecem hoje dormirem juntos...

Proseando..

Sorridentes sorrisos de pessoas sorrintes.
Divagações sobre sobre a beleza das rosas, o esconderijo do vento em tardes de domingo, em como o azul pode ser claro e cheio de luz assim como o amarelo...
Sabor de música, cheiro de poesia e textura de cor, de valiosa importância. Descobrir que o cachorro corre atrás da tarde, que o tamanho do silêncio não se mede, e que o sapo é feito de parede...
Entre cafés e cigarros, lembranças e memórias de momentos que não voltam, mas porém, se inventam, se criam através do tempo, tempo que é colorido, cor de borboleta.
E vamos adiante, embriagados de letras, deixando escapar qualquer vestígio de descontência de vida...ô seu moço, estique ai as horas, neste momento as 777 horas de estrelas parecem não caber dentro da noite torta, pra cima...

sexta-feira, 9 de março de 2012

Caretinha.

Sem o sopro do meu assopro ele se desfaz ao vento.
Começa com um, depois mais um, daí não pára. Um gosto de ruim, com sabor de bom, cor de nada, cheiro de alguma coisa e uma nuvem de fumaça, com diversas formas. Bela companhia pro blues, copos e mais copos de uísque, para o balanço do jazz,  alguns amassos e beijos descompromissados e apaixonados...
Antes, durante e depois de delírios, sozinhos ou acompanhados. Relaxa e afaga, até beija, se duvidar.
Só não marque bobeira, só tem um porém, ele não espera por você, se consome, se consome...e te abandona ao fim da noite.

http://www.youtube.com/watch?v=c0_eRVroLqs

segunda-feira, 5 de março de 2012

Azul.

Queria poder dizer-te coisas lindas, mas o teu olhar me cala, faz-me boba.
É a naturalidade, é de nossa natureza o sorriso e a fala mansa.
Se mistura, se cheira, se apega, se enamora, se tudo. Já conheci as estrelas, o céu, a lua.O azul com cheiro de amarelo sol, o vermelho com gosto de manga e cheiro de café. As coisas tortas que agora parecem perfeitas, feitas pra nós..
Um deleite.
Por mais que apenas um até logo, a saudade se apresenta. Meu consolo é o branco do papel, onde escrevo, te preservo, torno memorável cada momento, movimento, beijo, toque, onde te faço em mil formas, contornos, cores e luzes.
A fumaça do café, algumas gotas caindo do céu e cadeiras vazias, apenas eu sorrindo, achando engraçada a minha própria felicidade, mas é bom, tão bom de se sentir mau. (risos, muitos risos agora!)
Pois bem amor meu, perdida estou entre tuas poesias. Poesias transbordadas de cor, de sabor, flutuante enquanto aconchegada em teus braços...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Saliva.

Pura pretensão. Tentativas. Vontade.
Queres mais ?
Não necessito. É viscoso teu fluído.
Assopre, desinfete. Nada, não foi nada.
Um só sentido, a tolice vista de um ângulo obtuso.
Fotografe a minha alma madrugada adentro, transplante e teletransporte. Não há lugar mais vago aqui.
Inquilino indesejável.

Grito e ouço tua voz, seu estúpido.
Corro e te vejo atrás de mim.
Me atiro ao mar e me puxas de volta
O que queres meu caro? Estás perdido? Me perdeu? Nos perdeu?
Morra, não volte nunca mais. Esse semblante já odiado é pouco.
É o minimo, é o nada escondido atras do tudo. Usurpando, sugando a saliva seca da boca já partida, abandonada por lábios vermelhos de sangue fervendo, fervido pelo calor alheio
Roubado pela adrenalina de um coração pulsante, fugaz, temeroso, covarde.
Continue, rápido, rápido, mais rápido, desse jeito..ah! ah!
Explodiu. Se foi.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Agora. Existência.Sua.

De imediato, escolha a sua existencia dentro de mim, já que não posso fazer nada com ela.
Droga, uma droga. No lado bom do prazer, você é isso, mesmo ainda não tendo experimentado o calor e a adrenalina pulsando, explodindo o coração.
Tão fácil, mas por que não consigo? é o medo, medo de não merecer de sua atenção. E aí? E ai sei lá.
Tola, fraca, deixe passar então. Sem querer querendo, vem a  idéia de destino, pensar que essa teoria seja verdadeira é até crueldade, será que ele faz tudo sozinho?, cabe a nós somente sentar e esperar ou perceber algum tipo de sinal divino e agir?

Plural

E voltamos ao topo. Não nós, mas o eu sozinho.
Tentando afugentar pensamentos tolos, quase impossivel se pensando no quadro de recentes fracassos. Saiu do controle, pura mágica, o único lado do tudo que consigo ver agora.
Você, segure ai minha mão, pelo menos por alguns instantes, só pra que eu possa perceber que ainda resta um tanto de alguma coisa no mundo...
Respirando fundo, abandonando as prováveis respostas, não me valem de nada, são as perguntas que movem tudo, que chacolham com a minha cabeça, vira tudo do avesso.
Mudar. Vida, rumo, desejos.
Com os olhos da persistência e teimosia, tolice até, mas do que adianta? não ganho nada com isso, aliás sim, incertezas, elas sempre aqui. Por mais que eu tente fazer um draminha, reconheço que ainda pode piorar, o tempo se mostra, esfrega no meu rosto como fazer tudo diferente(mesmo sabendo que os erros tendem a se repetir), paciência minha cara, paciência.
Vai e volta, palavras são lançadas, energias são doadas, registros que permanecem, claro, alguns são perdidos por cantos nem mais lembrados, mas não importa, um dia eles existiram.
Mas me diz, de que vale saber tudo isso? A minha extrema sensibilidade acaba sendo meu muro de berlim, agora sim, necessito de resposta, mas qual é mesmo a pergunta?
Vamos com calma (por que a mania de colocar tudo no plural?), por mais que exista alguma beleza nisso tudo, não dá pra viver de luz, de ilusões, a vaidade é perversa, toma juizo, fique atento.
Pois, cansei de esperar, é o fardo que me deram de bom grado pra carregar, o que cabe a mim fazer com ele? Tentar sorrir e parar de reclamar.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Desabafo.

Simplesmente a necessidade de supervalorização, e pra quê? sinceramente nem procuro entender.
Abre os olhos moça linda, é tão simples, se tens vontade ame, não só a mim, mas a todos em que o desejo se faz presente, o que te impede? não há normas para isso...
E quem foi que disse que pertencemos a um só? quem determinou a quem pertence o teu coração, o meu coração? Eu sou do mundo, das ruas, das cores, dos sabores de bocas, de corpos, de luzes, de sons..

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

e só o que fica é a certeza do tempo que passou
fomos
eu fui
você será
e assim seríamos únicas
no tempo vivido, perdido
perdido entre portas e paredes
escondidas no breu
através de sons e noites..




quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

cadê a rede? cadê o sereno? onde estão as pessoas? e minha garrafa de vinho, onde foi parar? rai ai, aumente o som viu seu doutor...e você guria, dance, dance até o nenem que dorme durante a noite acordar pedindo bis!


domingo, 8 de janeiro de 2012

Só um.

Só quero que desapareça quando seu rosto não for o bastante pra mim. Mas volte, volte quando teu corpo for o único pra satisfazer meus desejos e talvez, pra fumar um bom cigarro.
Não quero nada mais além disso. Quem sabe em um dos meus lapsos posso acariciar tua pele carente de meu toque, mas depois, fingirei que nada disso aconteceu.Por que eu devo demonstrar algum interesse? ah, é coisa minha.
Não duvide quando minha boca pronunciar palavras belas, quando ela disser que gosta de você, não é mentira, apenas uma verdade incompleta.Não precisamos de nada mais além, pelo menos agora.