segunda-feira, 30 de abril de 2012

Cheiro de momento.

E o que esperar desta noite? eu nem sei.
Bate a saudade de gente, de cheiro e de coisa. Algumas delas vão e voltam, pena que não ficam, mas é bom assim, senão a saudade deixaria de ser...
Quase que sufoco de vez em vez, as lembranças pouco suficientes pra acalmar o grito no fundo do peito.

Vontade de nada fazer, mas querendo ter o tudo ao alcance não só de vagos pensamentos, mas das mãos, do aconchego da pele quente e de uma xícara de café, se bem que, um vinho chileno seria de bom agrado.

O vento balança o cabelo na janela, olhar bem distante, enxergando dentre as núvens momentos que nem sempre bons, mas fundamentais, com grande poder de fazer crescer, a si mesmo dentro de um coração iludido como aos que desfrutaram de sua presença. Tristeza não, algo que não se define portanto, um balanço que chega devagar, te pega quase fraco.

E que não voltem, que permaneçam na saudade... deixo de ser verde.



domingo, 22 de abril de 2012

A me coisar.

E me terei outra vez
Outra de tantas, por algumas mais
Desencontrada eu comigo mesma
Frio como palco principal
Na esperança de agarrar o vento pra esquentar o bolso.
Noite que não pára, para de mim aproveitar-se
Dó do café, por tantas usurpado tomado dilacerado feito e desfeito
Corpo quente.
Só não me arranque a cabeça, dela me faço fumaça, poeira
Devaneios, quase-ilusões-de-sonhos-mal-sonhados
Embreagada com cheiro de madrugada, e se, uma falta
No não esperamento do algo, de.
Se me faço se, qualquer coisa posso ser
Quem sabe fantasma, voando entre cabeças
Por vezes estrela, alumiar o breu de alguéns.
Especial há, fora do meu eixo talvez
Pensar. Só a colocar o lixo na rua
Passar o tempo como passar a roupa
O vai-quase-parando pra nenhum lugar
Que é o melhor lugar.
No perto quase
Da coisa, das muitas mais pra encher o nada
de um talvez azul

No indo, mas quase não vindo...


quarta-feira, 18 de abril de 2012

De sonho, sóis.

Como um corpo nú de coração
Nenhum-lugar é o melhor lugar
Caminhando no tempo quando, riscando o céu de rosa-quase-azul
Macacando de árvore em árvore
No aguardo de um instante que foi negado em tempo cedo
"Perdera mais aquele dia encantador que, bem usado, poderia, quem sabe?"
De ganho só. Só ilusão de entre perguntas, como um corpo nú
de coração.
Voz vai, voz vem
Um tanto suga o suor frio e as poucas palavras
Terra já conhece o gosto dos pés
Pés que correm a nenhum-lugar, que é o melhor lugar.
Boca canta o que o corpo se nega em dançar
Maldição do descompasso
Nada pior se inventara pra alma dançante.
Só não tenha dó, só não me faça um nó, só não se faça de bocó,
só não se for só.

Terra me cai de joelhos
Parece que de prece e pressa me arranco o sol
Puxando o fio da noite pra raiar o dia
Mas então São Rafael, não me traga um dia
de sonhos que se sonharão
sóis, só.

Suspiro 1. A visão
Suspiro 2. O coração
Suspiro 3. O tremer das mãos.

Carmo 1. O beijo do olá
Carmo 2. O beijo da saudade
Carmo 3. O beijo do eu te amo
Carmo 4. O beijo do não se vá nunca mais
Carmo 5. O beijo do case-se e tenha filhos comigo
Pausa.
Pés correm a nenhum-lugar que é o melhor lugar
O sol adormeceu, então o brilho escuro
Pássaros não cantam
À espera do amanhã, de tempo quando
Ele voltará
Puxando o fio da noite pra raiar o dia
...

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Pula-pula do amor

Puxa de cá de lá de cá
No vai-vem da loucura
Loucura mais certa
Inventada por mentes-tortas-pra-cima
De lembidas e lambidas lavam a mansidão do meio-dia
Aperta não que dói, dói de um bocado gostoso...

terça-feira, 3 de abril de 2012

Pq.

Infindas horas de algum agoniante sufoco. Questionamentos quase que ilógicos, embora, legítimos.
O por que da falta de porquês. Melhor, por que me pergunto sobre os tais?
Ponto final, mas de continuação.

D-cá.

Me faço som, no mudo. Na caladez do silêncio me tomo música.
Na maldição do seu silêncio.

Pá-ra. Ben-s.

Era para a alegria, de alegria. Companhia, ao contrário.
Ra-tim-bum? Não, o toque das pessoas estranhas.
A coisa determinante, aquela que dá suposta felicidade à quantidade de dias da sua existência na Terra, não apareceu pra mim.
Segunda-feira com cor de marrom-menos, nem, nenhuma gotinha gotícula de chuva fria e confortante molhou a janela de casa. E que bobagem essa (?). A existência de outra coisa deveria haver?  Não se faz, nem a idéia, nem o necessário da própria idéia.
Mas o Lula salvou (O Gustavo, o rico de mestres), fez sorrir o começo de meio-dia do dia de sol.
E. O que?! Pronto. Meia-hora de horas passarão, vagarosamente, um repetitivo momento que retornará um ano a frente..Começa errado, e terminará mais erradamente, na mente!
Coração dormiu.